*Sejam*Bem-Vindos* A Morada Suprema do Amor a Deus *

Maio 17 2014

 

Como toda entidade viva é uma alma individual, cada uma está mudando seu corpo a cada momento, às vezes manifestando-se como criança, às vezes como jovem e às vezes como velho. No entanto, a mesma alma espiritual está lá e não sofre mudança alguma. Finalmente na hora da morte, esta alma individual muda de corpo e transmigra para outro corpo; e como existe a certeza de que no próximo nascimento ela vai ter outro corpo — material ou espiritual — não ha motivo para lamentação devido à morte, do corpo atual, com o qual se esta mantendo. Ao contrário, deve-se alegrar com o fato de estar trocando corpos velhos por novos, e por conseguinte rejuvenescendo sua energia. Tais mudanças de corpo refletem a variedade de prazer e de sofrimento, conforme as atividades executadas durante vida. 

Qualquer homem que tenha perfeito conhecimento da constituição da alma individual, da Superalma e da natureza _ material e Espiritual _ é chamado um homem muito sóbrio. Tal pessoa jamais se deixa iludir pela mudança de corpos. 

Para a alma, em tempo algum existe nascimento ou morte. Ela não passou a existir, não passa a existir e nem passará a existir. Ela é não nascida, eterna, sempre-existente e primordial. Ela não morre quando o corpo morre.

Qualitativamente, a pequena parte atômica fragmentária do Espírito Supremo é una com o Supremo. Ao contrário do que se passa com o corpo, ela não sofre mudanças. Às vezes, a alma é chamada estável. O corpo está sujeito a seis tipos de transformações. Ele nasce do ventre do corpo da mãe, permanece por algum tempo, cresce, produz alguns efeitos, definha gradualmente, e acaba caindo no esquecimento. A alma, entretanto, não passa por essas mudanças. A alma não nasce, porém, como aceita um corpo material, o corpo nasce. A alma não nasce nesta ocasião, e a alma não morre. Tudo o que nasce também morre. E porque não tem nascimento, a alma, portanto, não tem passado, presente ou futuro. Ela é eterna, sempre-existente e primordial _ isto é, não há na história indício de quando foi que ela veio a existir. Com base no corpo, buscamos a história do nascimento, etc., da alma. Ao contrário do corpo, a alma jamais fica velha. É por isso que os assim chamados anciãos sentem que existem com o mesmo alento de sua infância ou juventude. As mudanças do corpo não afetam a alma. A alma não se deteriora como uma árvore, ou alguma entidade material. Tampouco tem a alma algum subproduto. Os subprodutos do corpo, a saber, os filhos, são também almas individuais diferentes, que, devido ao corpo, aparecem como filhos de um homem em particular. O corpo se desenvolve devido à presença da alma, mas a alma não tem ramificações nem sofre mudanças. Portanto, a alma está livre das seis mudanças corpóreas.

A alma é cheia de conhecimento, ou sempre cheia de consciência. Logo, consciência é sintoma da alma. Mesmo que alguém não encontre a alma dentro do coração, onde ela está situada, ainda assim, ele pode se dar conta da presença da alma pela simples presença da consciência. Às vezes, devido às nuvens ou por alguma outra razão, não vemos o Sol no céu, mas sempre há alguma claridade, e portanto temos a convicção de que é dia. Logo que há uma réstia de luz no céu de manhã cedo, podemos compreender que o Sol está no céu. Similarmente, encontramos consciência em todos os corpos _ seja homem, ou animal _ e assim podemos entender a presença da alma. Esta consciência da alma é, porém, diferente da consciência do Supremo porque a consciência suprema conhece tudo_ passado, presente e futuro. A alma individual tende a esquecer-se da sua situação espiritual. Ao esquecer-se de sua verdadeira natureza, ela obtém instrução e iluminação nas lições superiores de Krishna. Mas Krishna não é como a alma que vive no esquecimento. Se Ele fosse assim, os ensinamentos que Krishna transmitiu no Bhagavad-Gita seriam inúteis.

publicado por Lalanesha Dasa às 22:11

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