*Sejam*Bem-Vindos* A Morada Suprema do Amor a Deus *

Novembro 30 2011

~~O Bhagavad-Gita como Ele É~~ 

A ciência de Deus analisa a posição constitucional de Deus e Suas diversas energias.

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Além dessas, existe uma outra energia, a Minha energia superior, que consiste das entidades vivas que exploram os recursos desta natureza material inferior.

Menciona-se claramente que as entidades vivas pertencem à natureza (ou energia) superior do Senhor Supremo. A energia inferior é a matéria manifestada sob diferentes elementos, a saber, terra, água, fogo, ar, éter, mente, inteligência e falso ego. As duas formas de natureza material, ou seja, a grosseira (terra, etc.) e a sutil (mente, etc.), são produtos da energia inferior. As entidades vivas que, com diferentes propósitos estão explorando essas energias inferiores, são a energia superior do Senhor Supremo, e é devido a esta energia que o mundo material inteiro funciona. A manifestação cósmica não tem poder de agir caso não seja acionada pela energia superior, a entidade viva. As energias são sempre controladas pelo energético, e por isso as entidades vivas são sempre controladas pelo Senhor — elas não têm existência independente. Diferentemente do que pensam os homens sem inteligência, elas nunca O igualarão em poder.

Os grandes sadhus ou pessoas santas, fazem a seguinte distinção entre as entidades vivas e o Senhor:

“Ó Supremo Eterno! Se as entidades vivas encarnadas fossem eternas e onipenetrantes como Você, então, elas não estariam sob Seu controle. Mas se são aceitas como energias diminutas de Vossa Onipotência, as entidades vivas então, imediatamente se sujeitam ao Seu controle supremo. Portanto, as entidades vivas alcançam a verdadeira liberação, quando se colocam sob o Seu controle, e com esta rendição elas serão felizes. Somente nesta posição constitucional é que elas podem ser controladoras. Por conseguinte, os homens de conhecimento limitado que advogam a teoria monística segundo a qual Deus e as entidades vivas são iguais em todos os aspectos são realmente guiados por uma opinião defeituosa e contaminada.”

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Portanto, O Supremo Senhor Krishna é o único controlador, e todas as entidades vivas são controladas por Ele. Essas entidades vivas são Sua energia superior porque, em qualidade, a existência delas é igual à do Supremo, mas elas nunca têm tanto poder quanto o Senhor. Enquanto explora a energia inferior grosseira e sutil (matéria), a energia superior (a entidade viva) esquece-se de sua mente e inteligência espirituais verdadeiras. Este esquecimento deve-se à influência que a matéria exerce sobre o ser vivo. Mas ao se livrar da influência da energia material ilusória, ele atinge a fase chamada mukti, ou liberação. O falso ego, sob a influência da ilusão material, pensa: “Eu sou matéria, e as aquisições materiais são minhas”. Ele conquista sua verdadeira posição quando se libera de todas as idéias materiais, inclusive do conceito segundo o qual ele é uno com Deus em todos os aspectos. Portanto, pode-se concluir que o Gītā confirma que o ser vivo é somente uma das múltiplas energias de Krishna, e ao libertar-se da contaminação material, esta energia torna-se plenamente consciente de Krishna, ou liberada.

 

  Tudo o que existe é um produto da matéria e do espírito. O espírito é o fator básico da criação, e a matéria é criada pelo espírito. O espírito não é criado a uma certa etapa do desenvolvimento material. Ao contrário, este mundo material se manifesta apenas devido à energia espiritual. Este corpo material desenvolve-se porque o espírito está presente dentro da matéria; uma criança aos poucos cresce até a adolescência e depois torna-se um adulto porque essa energia superior, a alma espiritual, está presente. De modo semelhante, a manifestação cósmica inteira sob a forma do gigantesco Universo desenvolve-se por causa da presença da Superalma, Vishnu. Portanto, o espírito e a matéria, que se combinam para manifestar esta gigantesca forma universal, são originalmente duas energias do Senhor, e por conseguinte o Senhor é a causa original de tudo. Como parte integrante do Senhor, porém fragmentária, a entidade viva, pode ser a causa de um alto arranha-céu, uma fábrica enorme, ou mesmo de uma grande cidade, mas ela não pode ser a causa de um grande universo. A causa do grande Universo é a grande alma, ou a Superalma. E Krishna, o Supremo, é a causa das almas grandes e pequenas. Portanto, Ele é a causa que origina todas as causas.

~~**"MANTRA""TRANSCENDENTAL"**~~

~~HARE KRISHNA HARE KRISHNA KRISHNA KRISHNA HARE HARE~~
~~HARE RAMA HARE RAMA
RAMA RAMA HARE HARE~~

publicado por Lalanesha Dasa às 07:53

Novembro 28 2011

 

O Bhagavad-gītā, descreve na íntegra a natureza da consciência de Krishna. Krishna é pleno em todas as opulências, e nesta passagem descreve-se como é que Ele manifesta essas opulências. Também descrevem-se quatro espécies de pessoas afortunadas que se apegam a Krishna e quatro espécies de pessoas desafortunadas que nunca se rendem a Ele.

 Afirma-se com toda a clareza que a firme concentração da mente em Krishna, ou, em outras palavras, que a consciência de Krishna, é a mais elevada forma de qualquer yoga. Concentrando sua mente em Krishna, é possível conhecer por completo a Verdade Absoluta, mas não se atinge esta meta caso se busque outro método.

Compreender a luz impessoal ou a Super-Alma localizada não é o mesmo que ter conhecimento perfeito da Verdade Absoluta, porque semelhante compreensão é parcial. Tem conhecimento completo e científico quem sabe o que Krishna é, e tudo é revelado a quem é consciente de Krishna. Em completa consciência de Krishna, sabe-se que Krishna é o conhecimento último, situado além de quaisquer dúvidas. Os diferentes tipos de yoga são apenas diversos degraus no caminho da consciência de Kṛṣṇa. Quem adota diretamente a consciência de Krishna logo passa a conhecer tudo sobre a luz impessoal e a Super-Alma localizada no coração. Pela prática da yoga da consciência de Krishna, pode-se conhecer tudo por completo — a saber, a Verdade Absoluta, as entidades vivas, a natureza material e suas manifestações e parafernália.

Deve-se, portanto, começar a prática de yoga seguindo as instruções de Krishna. A concentração da mente em Krishna, o Supremo, torna-se possível através das nove formas diferentes de serviço devocional prescrito, dos quais ouvir é o primeiro e o mais importante. Por isso, o Senhor Krishna diz “Ouça a Mim”. Ninguém pode ser uma autoridade superior a Krishna, e portanto, quem O ouve recebe a maior oportunidade de tornar-se perfeito em consciência de Krishna. Deve-se, portanto, aprender diretamente com Krishna ou com um devoto avançado de Krishna e não com o não-devoto arrogante, envaidecido por sua erudição acadêmica.

No processo védico de ensino faz-se a seguinte descrição deste processo que consiste em compreender Krishna, a Suprema Personalidade de Deus, a Verdade Absoluta:

“Quem, ao ouvir sobre Krishna, recorre à literatura védica, ou ouve sobre Ele diretamente através do Bhagavad-gītā, executa uma atividade virtuosa. E para aquele que ouve sobre Krishna, o Senhor Krishna que reside nos corações de todos, age assim como o maior benquerente e amigo, e purifica a pessoa que sempre se ocupa em ouvir sobre Ele. Dessa maneira, uma pessoa desenvolve seu conhecimento transcendental latente com espontaneidade. À medida que continua a ouvir sobre Krishna através do processo védico, ou de pessoas versadas no conhecimento védico , ela se fixa no serviço devocional ao Senhor. Desenvolvendo o serviço devocional, será possível livrarmo-nos dos modos da paixão e da ignorância, e com isso a luxúria e a avareza materiais decrescem. Quando estas impurezas são removidas, o candidato permanece firme em sua posição de bondade pura, fortalece-se no serviço devocional e compreende perfeitamente a ciência de Deus. Assim, a bhakti-yoga rompe o nó cego da afeição material e capacita-o a chegar de imediato à fase de completo conhecimento, em que passa a compreeender a Suprema Verdade Absoluta, a Personalidade de Deus.”

Portanto, somente ouvindo Krishna ou Seu representante fiél em consciência de Kṛṣṇa é que se pode compreender a ciência de Krishna.

O conhecimento completo inclui o conhecimento acerca do mundo fenomenal, do espírito que o impulsiona e da fonte de ambos. Este conhecimento é transcendental. O Senhor quer explicar o sistema de conhecimento acima mencionado a todos aqueles que sentem forte amor por este conhecimento espiritual da consciência de Krishna. O conhecimento completo só pode ser obtido por aquela pessoa que torna-se fiél a este propósito do Senhor, em direta sucessão discipular de Krishna. Portanto, deve-se ser bastante inteligente para conhecer a fonte de todo o conhecimento, que é a causa de todas as causas e o único objeto de meditação em todas as espécies de prática de yoga. Quando a causa de todas as causas se torna conhecida, então, tudo o que é cognoscível torna-se conhecido, e nada fica incógnito.

Por isso que o Senhor Krishna declara ao dizer;

"Dentre muitos milhares de homens, talvez haja um que se esforce para obter a perfeição, e dentre aqueles que alcançaram a perfeição, é difícil encontrar um que Me conheça de verdade".

Há várias categorias de pessoas, e entre muitas milhares delas, talvez uma esteja interessada o suficiente em realização transcendental para tentar saber o que é o eu, o que é o corpo e o que é a Verdade Absoluta. De um modo geral, a humanidade só se ocupa com as propensões animais, ou seja, comer, dormir, defender-se e acasalar-se, e quase ninguém se interessa pelo conhecimento transcendental. O Bhagavad-gītā como Ele É destina-se àqueles que se interessam em conhecimento transcendental, em compreender o eu, o Eu Supremo e o processo que, através da jñāna-yoga, da dhyāna-yoga e da discriminação entre o eu e a matéria, conduz à auto-realização. Todavia, Krishna só pode ser conhecido por pessoas que estão em consciência de Krishna. Outros transcendentalistas podem passar a compreender o EU impessoal, pois isto é mais fácil do que perceber Krishna. Krishna é a Pessoa Suprema, mas ao mesmo tempo, Ele está além do conhecimento acerca do EU impessoal e Super-Alma localizada no coração da entidade viva. Os yogīs e jñānīs confundem-se ao tentarem compreender Krishna. Embora o maior dos impersonalistas Śrīpāda Śaṅkarācārya tenha admitido em seu comentário ao Gītā que Krishna é a Suprema Personalidade de Deus, seus seguidores não aceitam este fato, porque é muito difícil conhecer Krishna, mesmo que se tenha realização transcendental acerca do EU impessoal.

Krishna é a Suprema Personalidade de Deus, a causa de todas as causas, o Senhor primordial, Govinda. Īśvaraḥ paramaḥ kṛṣṇaḥ sac-cid-ānanda vigrahaḥ anādir ādīr govindaḥ sarva-kāraṇa-kāraṇam. Conhecê-lO é muito difícil para aqueles que não seguem verdadeiramente este processo da consciência de krishna. Embora declarem que o caminho de bhakti, ou o serviço devocional, seja muito fácil, aqueles que não seguem verdadeiramente este processo da consciência de Krishna, não conseguem praticá-lo. Se o caminho de bhakti é tão fácil como proclama a classe daqueles que não seguem verdadeiramente, então, por que eles preferem adotar o caminho difícil? Na verdade, o caminho de bhakti não é fácil. O suposto caminho de bhakti praticado por pessoas desautorizadas e sem conhecimento de bhakti talvez seja fácil, mas quando ele é de fato praticado conforme as regras e regulações, os eruditos e filósofos especuladores afastam-se deste caminho.

“Prestar serviço devocional ao Senhor, mas ignorar os textos védicos autorizados, tais como estes que o próprio  O Bhagavad-gītā como Ele É determina, é simplesmente uma perturbação desnecessária na sociedade.”

“Com os sentidos materiais toscos, ninguém pode compreender Krishna como Ele é. Mas Ele Se revela aos praticantes da consciência de Krishna, estando satisfeito com o serviço transcendental amoroso que estes Lhe prestam.”

“Ninguém Me conhece como Eu sou”, diz o Senhor. E se alguém O conhece, então, “Tal grande alma é muito rara.”

Portanto, quem não pratica serviço devocional ao Senhor, mesmo que seja um grande erudito ou filósofo, não pode conhecer Krishna como Ele é. Somente os Seus fiéis seguidores da consciência de krishna podem ter algum conhecimento das inconcebíveis qualidades transcendentais existentes em Krishna — o fato de ser a causa de todas as causas, Sua opulência e onipotência, e Sua riqueza, fama, força, beleza, conhecimento e renúncia — porque Krishna está benevolamente inclinado aos Seus fiéis seguidores. Ele é a última palavra na compreensão acerca do EU Supremo, e só pessoas concientes de Krishna podem percebê-lO como Ele é.

~~**"MANTRA""TRANSCENDENTAL"**~~

~~HARE KRISHNA HARE KRISHNA KRISHNA KRISHNA HARE HARE~~
~~HARE RAMA HARE RAMA
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publicado por Lalanesha Dasa às 08:04

Novembro 25 2011

 

O Senhor explica que o processo ióguico óctuplo é um meio de controlar a mente e os sentidos. Todavia, para as pessoas em geral, isto é muito difícil de executar, especialmente nesta era de Kali. Embora o sistema ióguico óctuplo seje recomendado, o Senhor enfatiza que o processo de karma-yoga, ou agir em consciência de Kṛṣṇa, é melhor. Neste mundo, todos agem para manter sua família e parafernália, mas ninguém é desinteressado, pois trabalha-se em troca de algum prazer pessoal, seja individual seja coletivo. O critério da perfeição é agir em consciência de Kṛṣṇa, e não com a intenção de gozar os frutos do trabalho. Agir em consciência de Kṛṣṇa é o dever de cada ser vivo porque constitucionalmente todos somos partes integrantes do Supremo. As partes do corpo trabalham para a satisfação do corpo todo. Os membros do corpo não agem para a própria satisfação mas sim para a satisfação do todo completo. Do mesmo modo, a entidade viva que age para a satisfação do todo supremo e não para a satisfação pessoal é um yogī perfeito.

Os YOGIS às vezes pensam artificialmente que se tornaram liberados de todos os deveres materiais, e por isso deixam de executar agnihotra yajñas (sacrifícios de fogo), mas na verdade eles são interesseiros porque sua meta é tornar-se uno com o Brahman impessoal. Esse desejo é superior a qualquer desejo material, mas não é desinteressado. Igualmente, o yogī místico que pratica o sistema de yoga com os olhos semicerrados, cessando todas as atividades materiais, deseja alguma satisfação para seu eu pessoal.

Mas quem age em consciência de Kṛṣṇa trabalha para a satisfação do todo, sem nenhum interesse pessoal. Uma pessoa consciente de Kṛṣṇa não deseja obter nenhuma satisfação pessoal. Para avaliar o grau de seu sucesso toma-se como critério a satisfação de Kṛṣṇa, e assim ele torna-se um perfeito  yogī.

"Aquilo que se chama renúncia é o mesmo que yoga, ou a união com o Supremo, pois nunca pode tornar-se um yogī quem não renuncia ao gozo dos sentidos".

A verdadeira yoga significa que a pessoa deve procurar conhecer sua posição constitucional como entidade viva, e agir apropriadamente. O ser vivo não tem identidade separada independente. Ele é a energia marginal do Supremo. Quando está aprisionado na energia material, é condicionado, e quando é consciente de Kṛṣṇa, ou está consciente da energia espiritual, então, está em seu natural e verdadeiro estado de vida. Portanto, quando alguém está em conhecimento completo, cessa todo o gozo dos sentidos materiais, ou renuncia a todas as espécies de atividades que produzem o gozo dos sentidos. Isto é praticado pelos yogīs que eliminam dos sentidos o apego material. Mas quem é consciente de Kṛṣṇa não deixa que apareça a oportunidade de ocupar seus sentidos em algo que não seja para o propósito de Kṛṣṇa. Portanto, ele é ao mesmo tempo um renunciado e um yogī. O propósito do conhecimento e da restrição dos sentidos, como prescritos nos processos de jñāna e de yoga, cumpre-se automaticamente na consciência de Kṛṣṇa. Se alguém não for capaz de abandonar as atividades de sua natureza egoísta, então, jñāna e yoga não surtirão efeito algum. O verdadeiro objetivo é que a entidade viva abandone toda a satisfação egoísta e esteja preparada para satisfazer o Supremo. O devoto consciente de Kṛṣṇa não deseja nenhuma espécie de gozo pessoal. Ele sempre se preocupa em dar prazer ao Supremo. Quem não tem nenhuma informação sobre o Supremo fatalmente ocupa-se em buscar a própria satisfação, pois ninguém pode permanecer na plataforma de inatividade. Todos os propósitos se cumprem perfeitamente através da prática da consciência de Kṛṣṇa.

"Afirma-se que para quem é neófito no sistema ióguico óctuplo, o trabalho é o meio; e para quem já está elevado em yoga, a cessação de todas as atividades materiais é considerada o meio".

 O processo de unir-se ao Supremo chama-se yoga. Pode ser comparado a uma escada em que se atinge a percepção espiritual máxima. Esta escada começa da mais baixa condição material da entidade viva e vai até à perfeita auto-realização em vida espiritual pura. Conforme vários graus de elevação, diferentes partes da escada são conhecidas por diferentes nomes. Mas no todo, a escada inteira chama-se yoga e pode se dividir em três partes, a saber, jñāna-yoga, dhyāna-yoga e bhakti-yoga. O começo da escada chama-se a fase yogārurukṣu, e o degrau mais elevado chama-se yogārūḍha.

Quanto ao sistema ióguico óctuplo, as tentativas que, no começo, são feitas por alguém que deseja praticar a meditação através dos princípios reguladores da vida e com a prática de diferentes posturas sentadas (que são mais ou menos exercícios corpóreos), são consideradas atividades materiais fruitivas. Todas essas atividades levam à obtenção do perfeito equilíbrio mental para que desse modo seja possível o controle dos sentidos. Quando alguém é exímio na prática da meditação, ele cessa todas as atividades mentais perturbadoras.

Entretanto, quem é consciente de Kṛṣṇa está situado desde o início na plataforma de meditação porque sempre pensa em Kṛṣṇa. E, estando ocupado constantemente no serviço a Kṛṣṇa, considera-se que ele cessou todas as atividades materiais.

"Alguém que está elevado em yoga quando, tendo renunciado a todos os desejos materiais, não age em troca do gozo dos sentidos nem se ocupa em atividades fruitivas".

Quando alguém se ocupa por completo no serviço transcendental amoroso ao Senhor, ele fica satisfeito consigo mesmo, e assim não se entrega mais ao gozo dos sentidos, nem a atividades fruitivas. Caso contrário, ele vai ocupar-se no gozo dos sentidos, pois ninguém pode viver sem exercer alguma ocupação. Sem consciência de Kṛṣṇa, ele deve estar sempre dedicando-se a atividades egocêntricas ou a ampliar suas atividades, mas nunca saindo do campo do seu interesse. Mas quem é consciente de Kṛṣṇa pode fazer tudo para a satisfação de Kṛṣṇa e desse modo se desapega completamente do gozo dos sentidos. Aquele que não tem essa compreensão deve tentar, de maneira mecânica, livrar-se dos desejos materiais antes de se elevar ao degrau mais alto da escada da yoga.

~~**"MANTRA""TRANSCENDENTAL"**~~

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publicado por Lalanesha Dasa às 08:09

Novembro 23 2011

As atividades fruitivas (na busca do prazer dos sentidos) produzem cativeiro material. Enquanto se ocupar em atividades que visam a melhorar o padrão de conforto corpóreo, a pessoa com certeza transmigrará a diferentes tipos de corpos, permanecendo, assim, perpetuamente no cativeiro material.

“As pessoas buscam avidamente o gozo dos sentidos, e não sabem que seu corpo atual, que é cheio de misérias, é o resultado de suas atividades fruitivas executadas no passado. Embora seja temporário, este corpo está sempre dando muitos tipos de problema. Portanto, agir em busca de gozo dos sentidos não é bom. É considerado um fracasso na vida aquele que não faz nenhuma indagação sobre sua verdadeira identidade. Enquanto não conhecer sua verdadeira identidade, ele terá que trabalhar para obter resultados fruitivos que lhe possam dar prazer dos sentidos, e enquanto estiver absorto na consciência do gozo dos sentidos, terá que transmigrar de um corpo a outro. Embora a mente possa estar absorta em atividades fruitivas, influenciada pela ignorância, é necessário desenvolver amor pelo serviço em devoção a Deus (Krishna). Só então haverá oportunidade de livrar-se do cativeiro da existência material.”

Portanto, o conhecimento de que não se é este corpo material, mas sim alma espiritual não é suficiente para alcançar a liberação. Devemos agir na posição de alma espiritual, caso contrário, não há como escapar do cativeiro material. A ação em consciência de Kṛṣṇa não é entretanto uma ação na plataforma fruitiva. As atividades executadas com conhecimento pleno propiciam o progresso rumo ao verdadeiro conhecimento. Sem consciência de Kṛṣṇa, a mera renúncia às atividades fruitivas não purifica realmente o coração da alma condicionada. Enquanto o coração não estiver purificado, tem-se que trabalhar na plataforma fruitiva. Mas a ação em consciência de Kṛṣṇa automaticamente ajuda a pessoa a eximir-se do resultado da ação fruitiva e isso a impede de descer à plataforma material. Portanto, a ação em consciência de Kṛṣṇa é sempre superior à renúncia, pois nesta ainda há o risco de cair.

“Quando pessoas desejosas de alcançar a liberação renunciam às coisas relacionadas à Suprema Personalidade de Deus, considerando-as materiais, sua renúncia é tida como incompleta.” A renúncia é completa quando se tem o conhecimento de que tudo o que existe pertence ao Senhor e que ninguém deve alegar direito de propriedade sobre nada. Todos devem compreender que, de fato, nada pertence a ninguém. Então, como falar de renúncia? Aquele que sabe que tudo é propriedade de Kṛṣṇa está sempre situado em renúncia. Já que tudo pertence a Kṛṣṇa, tudo deve ser empregado no serviço de Kṛṣṇa. Esta forma perfeita de ação em consciência de Kṛṣṇa é muito melhor do que qualquer quantidade de renúncia artificial.

Aquele que está em plena consciência de Kṛṣṇa está sempre renunciado porque não sente ódio nem desejo pelos resultados de suas ações. Este renunciante, dedicado ao serviço transcendental amoroso do Senhor, está plenamente qualificado em conhecimento, porque conhece sua posição constitucional em relação a Kṛṣṇa. Ele sabe muito bem que Kṛṣṇa é o todo e que ele é parte integrante de Kṛṣṇa. Tal conhecimento é perfeito porque é correto qualitativa e quantitativamente. O conceito de unidade com Kṛṣṇa é incorreto porque a parte não pode ser igual ao todo. O conhecimento de que é igual em qualidade mas diferente em quantidade é conhecimento transcendental correto, que leva a pessoa a tornar-se completa em si mesma, não tendo nada a que aspirar ou de que lamentar-se. Não há dualidade em sua mente porque tudo o que faz, ela o faz para Kṛṣṇa. Estando nesta plataforma livre de dualidades, ela é liberada — mesmo neste mundo material.

~~**"MANTRA""TRANSCENDENTAL"**~~

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publicado por Lalanesha Dasa às 19:08

Novembro 17 2011

 A entidade viva é descrita como sendo o controlador de seu próprio corpo. Se quiser, ela poderá mudar para um corpo de um grau superior, ou se preferir, poderá mudar para uma classe inferior. Existe uma independência diminuta. A mudança a que seu corpo se submete depende dela. Ao chegar a hora da morte, a consciência que ela criou a transportará para o próximo tipo de corpo. Se ela tem consciência de gato ou cachorro, ela com certeza mudará para um corpo de gato ou cachorro. E se fixou sua consciência em qualidades divinas, ela mudará para uma forma de semideus. E se estiver em consciência de Kṛṣṇa, ela será transferida para o mundo espiritual e se associará com Kṛṣṇa. É errado dizer que após a aniquilação deste corpo tudo se acaba. A alma individual transmigra de um corpo para outro, e seu corpo e atividades atuais determinam seu corpo seguinte. A pessoa recebe um certo corpo segundo o karma, e no devido tempo tem que abandoná-lo. Afirma-se aqui que o corpo sutil, que carrega as informações do próximo corpo, ocasiona o desenvolvimento deste na vida seguinte. Este processo de transmigrar de um corpo para outro, e lutar enquanto se está no corpo, chama-se luta pela existência.

Em outras palavras, se a entidade viva adultera sua consciência com as qualidades felinas e caninas, em sua vida seguinte ela consegue um corpo de gato ou cachorro e desfruta. A consciência é originalmente pura, como a água. Mas se misturamos a água com uma certa cor, ela muda. De modo semelhante, a consciência é pura, pois a alma espiritual é pura. Mas a consciência muda conforme o contato com as qualidades materiais. A verdadeira consciência é a consciência de que somos a parte espiritual da consciência de Kṛṣṇa. Quando, portanto, alguém está em consciência de Kṛṣṇa, ele está em sua vida pura. Mas se sua consciência é adulterada por algum tipo de mentalidade material, na vida seguinte conseguirá um corpo que se coadune com seu atual estado de existência. Ele não torna a obter necessariamente um corpo humano; ele pode receber um corpo de gato, cachorro, porco, semideus ou de uma das muitas outras formas, pois existem oito milhões e quatrocentas mil espécies de vida.

 Sem conhecimento, ninguém pode compreender como a entidade viva deixa seu corpo atual, nem a forma de corpo que ela vai ganhar na vida seguinte, nem mesmo por que ela vive num determinado tipo de corpo. É preciso ter muito conhecimento extraído do Bhagavad-gītā e de textos semelhantes, e ensinado por um mestre espiritual genuíno. Afortunado é aquele que está treinado para perceber todos esses fenômenos. Toda entidade viva abandona o corpo sob certas circunstâncias, vive sob certas circunstâncias e desfruta sob certas circunstâncias impostas pela natureza material. Portanto, na procura ilusória do prazer dos sentidos, ela passa por diferentes espécies de felicidade e sofrimento. Aqueles que vivem sendo enganados pela luxúria e pelo desejo perdem toda a capacidade de compreender suas mudanças de corpo e sua permanência num corpo específico. Eles não podem compreender isso. Entretanto, quem desenvolveu conhecimento espiritual pode ver que o espírito é diferente do corpo e que ele troca de corpo e desfruta de diferentes maneiras. Quem tem esse conhecimento pode compreender que a entidade viva condicionada está sofrendo nesta existência material. Portanto, aqueles que estão altamente desenvolvidos em consciência de Kṛṣṇa dão tudo de si para transmitir este conhecimento às pessoas em geral, pois elas levam uma vida condicionada muito penosa. Elas devem sair desse tipo de vida e tornar-se conscientes de Kṛṣṇa e, então, liberar-se para a tranferência ao mundo espiritual.

~~**"MANTRA""TRANSCENDENTAL"**~~

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publicado por Lalanesha Dasa às 07:08

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