*Sejam*Bem-Vindos* A Morada Suprema do Amor a Deus *

Junho 12 2013

A Suprema Personalidade de Deus Krishna diz:

Aquele que se ocupa em Meu serviço devocional puro, livre das contaminações das atividades fruitivas e da especulação mental, que trabalha para Mim e faz de Mim a meta Suprema de sua vida, sendo amigo de todos os seres vivos_ com certeza virá a Mim.

Quem quer se aproximar da Suprema de todas as Personalidades de Deus, no céu espiritual, e ter um relacionamento com a Suprema Personalidade, Krishna, deve aceitar esta fórmula, conforme enunciada pelo próprio Supremo. Por isso, este texto é considerado a essência do Bhagavad-Gitã. O Bhagavad-Gitã é um livro dirigido às almas condicionadas, que se ocupam no mundo material com o propósito de assenhorear-se da natureza e que não têm conhecimento da verdadeira vida, a vida espiritual. O Bhagavad-Gitã serve para mostrar como alguém pode entender sua existência espiritual e sua relação eterna com a suprema personalidade espiritual, ensinando-lhe como voltar ao lar, de volta ao Supremo. Este é o verso que explica com clareza o processo pelo qual alguém pode obter sucesso em sua actividade espiritual: o serviço devocional.

Quanto ao trabalho, devemos transferir toda a nossa energia para actividades conscientes de Krishna.

A Suprema Personalidade de Deus diz:

Aqueles que fixam suas mentes na Minha forma pessoal e sempre se ocupam em Me adorar com uma fé forte e transcendental, são considerados por Mim como os mais perfeitos.

Como se declarou, o Senhor Supremo só pode ser apreciado através do serviço devocional. Portanto, a pessoa deve ser plenamente devotada e deve fixar a sua mente com firmeza em Krishna a fim de alcançá-lO. Deve-se trabalhar só para Krishna. Não importa em que tipo de trabalho alguém se ocupe, mas este trabalho deve ser feito só para Krishna. Este é o serviço devocional exemplar. A única conquista que a pessoa devotada deseja é agradar à Suprema Personalidade de Deus. A missão de sua vida é agradar a Krishna. O processo é muito simples: ele deve zelar por sua ocupação e ao mesmo tempo cantar Hare Krishna Hare Krishna Krishna Krishna Hare Hare Hare Rama Hare Rama Rama Rama Hare Hare ... Esse cantar transcendental conduz a pessoa devotada à Personalidade de Deus.

O Senhor Supremo promete que Ele logo vai livrar do oceano da existência material o devoto puro que adota tal ocupação. Aqueles que são avançados na prática de yoga podem transferir a alma para qualquer planeta que quiserem através do processo de yoga, e outros aproveitam-se da oportunidade de várias maneiras; mas quanto a pessoa devotada em serviço devocional, afirma-se claramente que o Senhor a leva pessoalmente. A pessoa que esteja devotadamente entregue aos serviços devocionais, não precisa esperar até ficar muito experiente para se transferir ao céu espiritual. 

Quando um homem cai no oceano, embora possa lutar mui arduamente e possa ser um excelente nadador, ele não pode se salvar. Mas se alguém vem e o tira da água, ele aí é facilmente resgatado. Da mesma forma, o Senhor tira aquela pessoa que esta devotadamente a serviço do Amor a Deus desta existência material. Tudo o que alguém precisa fazer é praticar o simples processo da consciência de Krishna e ocupar-se no serviço devocional pleno. Qualquer homem inteligente deve sempre dar preferência ao processo do serviço devocional; e não a algum outro método.

Quem é devotado à Suprema Personalidade de Deus pode conseguir todos os benefícios provenientes de outros processos ióguicos, especulação, rituais, sacrifícios, caridade, etc. Esta é a bênção específica do serviço devocional.


publicado por Lalanesha Dasa às 22:47

Junho 11 2013

Krishna é muito enfático quando diz:

Se alguém Me oferecer, com amor e devoção, uma folha, uma flor, frutas ou água, Eu as aceitarei.

É essencial que a pessoa inteligente esteja em consciência de Krishna, ocupada no serviço transcendental amoroso do Senhor, a fim de conseguir uma morada permanente e bem-aventurada, onde desfrute de felicidade eterna. O processo pelo qual se consegue resultado tão maravilhoso é muito fácil e pode ser tentado mesmo pelo indivíduo mais pobre, e não se exige dele nenhuma espécie de qualificação. A única qualificação exigida neste contexto é que a pessoa seja um devoto puro do Senhor. Não importa o que ela é ou qual sua situação actual. O processo é tão simples que mesmo uma folha ou um pouco dágua ou uma fruta podem ser oferecidos ao Senhor Supremo com amor genuíno e o Senhor ficará contente em aceitá-los. Portanto, ninguém pode ser omitido da consciência de Kṛṣṇa, porque ela é tão fácil e universal. Quem seria tão tolo a ponto de não querer ser consciente de Kṛṣṇa por este método simples e assim alcançar a perfeição mais elevada, numa vida de eternidade, bem-aventurança e conhecimento? Krishna quer apenas serviço amoroso e nada mais. De Seu devoto puro, Krishna aceita até mesmo uma pequena flor. De um não-devoto, Ele não quer nenhum tipo de oferenda. Ele não precisa que lhe dêem algo, porque Ele é auto-suficiente, e mesmo assim Ele aceita a oferenda feita por Seu devoto, permitindo que haja entre eles uma troca de amor e afeição. Desenvolver consciência de Krishna é a mais elevada perfeição da vida.

Nisto menciona-se aqui enfaticamente que bhakti, ou o serviço devocional, é o único meio de alguém aproximar-se de Krishna. Nenhuma outra condição, tal como tornar-se um monge brãhmaṇa, um estudioso erudito, um homem muito rico ou um grande filósofo, pode induzir Krishna a aceitar alguma oferenda. Sem o princípio básico de bhakti, nada pode induzir o Senhor a concordar em aceitar algo de alguém. Bhakti nunca é eventual. O processo é eterno. É acção directa em serviço ao todo absoluto.

Sendo assim,  o Senhor Krishna, tendo estabelecido que Ele é o único desfrutador, o Senhor primordial e o verdadeiro objecto de todas as oferendas sacrificatórias, revela quais são as classes de sacrifícios que Ele deseja que Lhe ofereçam. Se alguém deseja ocupar-se em serviço devocional ao Supremo para purificar-se e alcançar a meta da vida — o serviço transcendental amoroso a Deus — então, deve procurar saber o que o Senhor deseja dele. Quem ama a Krishna Lhe dará tudo o que Ele quiser e evitará oferecer algo indesejável ou inoportuno. Logo, carne, peixe e ovos não devem ser oferecidos a Krishna. Se Ele desejasse esse tipo de oferenda, Ele teria Se manifestado nesse sentido. Em vez disso, Ele pede claramente que Lhe dêem folhas, frutas, flores e água, e a respeito desta oferenda Ele diz que “Eu a aceitarei”. Portanto, convém sabermos que Ele não aceitará carne, peixe nem ovos. Legumes, cereais, frutas, leite e água são os alimentos apropriados para os seres humanos e são prescritos pelo próprio Senhor Krishna. Qualquer outra substância que comermos não Lhe poderá ser oferecida, pois Ele não a aceitará. Logo, não podemos estar agindo no nível da devoção amorosa se oferecemos semelhantes alimentos.

O Senhor Krishna explica que, só os restos de sacrifício são puros e próprios para serem consumidos por aqueles que procuram progredir na vida e libertar-se das garras do enredamento material. Aqueles que não oferecem seu alimento, Ele diz no mesmo verso, comem apenas pecado. Em outras palavras, cada porção que eles levam à boca está apenas aprofundando seu envolvimento nas complexidades da natureza material. Mas o preparo de pratos vegetarianos simples e deliciosos que são oferecidos diante da Deidade do Senhor Krishna, enquanto o devoto, após ter-se prostrado, ora para que Ele aceite essa humilde oferenda, capacita-o a empreender firme avanço na vida, purificar o corpo e criar tecidos cerebrais finos que propiciarão um pensamento claro. Acima de tudo, a oferenda deve ser feita com uma atitude de amor. Krishna não precisa de alimento, pois Ele já possui tudo o que existe, não obstante, Ele aceitará a oferenda daquele que deseja Lhe fazer essa manifestação de carinho. O elemento importante, ao preparar, ao servir e ao oferecer, é agir com amor a Krishna. E isto é verdadeiro serviço devocional que o Senhor Krishna quer que todos façam, pois somente assim se consegue atingir o nível máximo do Amor a Deus.

Alguns pobres tolos e indiciplinados que querem defender a idéia de que a Verdade Absoluta não tem sentidos, não podem compreender esta grandiosidade do Amor a Deus. Mas, na verdade, Krishna, a Divindade Suprema, tem sentidos, e se diz que Seus sentidos são intercambiáveis; em outras palavras, um sentido pode executar a função de qualquer outro. Isto é o que significa dizer que Krishna é absoluto. Faltando-Lhe sentidos, dificilmente se poderia considerá-lO pleno de todas as opulências. Krishna a Verdade Suprema Absoluta diz, que Ele fecunda as entidades vivas na natureza material. Isto ocorre quando Ele lança Seu olhar sobre a natureza material. E também no presente caso, o fato de Krishna ouvir as palavras de amor que o devoto profere ao oferecer alimentos é em tudo idêntico ao fato de Ele comer e realmente saborear. Deve-se enfatizar este ponto: devido à Sua posição absoluta, para Ele, ouvir é totalmente idêntico a comer e a saborear. Só o devoto, que aceita Krishna como Ele Se descreve a Si mesmo e não dá nenhuma interpretação pessoal, pode compreender que a Suprema Verdade Absoluta é capaz de comer alimentos e de desfrutá-los.

E o Senhor aparece para nos outorgar a grande dadiva Espiritual do cantar do Maha Mantra Hare Krishna, libertando assim, toda a fantasia enganosa do contato material que durante vidas nos aprisionou numa rede de sentidos que sempre nos conduzia a morte sem que tivessemos alguma chance de defesa.


publicado por Lalanesha Dasa às 22:49

Junho 08 2013

Não é possível compreender a grandeza de Krishna e Suas opulências. Os sentidos da alma individual são limitados e não lhe permitem entender a totalidade dos afazeres de Krishna. Mesmo assim, os devotos tentam compreender Krishna, mas não se baseiam no princípio de que serão capazes de compreender Krishna plenamente em um determinado momento ou em algum estado de vida. Ao contrário, os próprios tópicos referentes a Krishna são tão agradáveis que para os devotos eles parecem néctar. Assim, os devotos os desfrutam. Ao comentarem as opulências de Krishna e Suas diversas energias, os devotos puros sentem um prazer transcendental. Por isso, eles querem ouvi-las e discuti-las. Krishna sabe que as entidades vivas não compreendem a extensão de Suas opulências; por isso, Ele concorda em descrever apenas as manifestações principais de Suas diferentes energias.

Há estudiosos muitíssimo eruditos que promoveram a filosofia da devoção. Mas mesmo que o devoto não tire proveito desses ensinamentos ou de seu mestre espiritual, se ele é sincero em seu serviço devocional, o próprio Krishna o ajuda dentro de seu coração. Assim, o devoto sincero ocupado em consciência de Krishna não pode estar sem conhecimento. O único requisito é que se execute serviço devocional com plena consciência de Krishna. O Senhor diz que basicamente não há possibilidade de compreender a Verdade Suprema_a Verdade Absoluta ou a Suprema Personalidade de Deus_por meio da simples especulação, pois a Verdade Suprema é tão grande que não é possível compreendê-lO ou alcançá-lO com simples esforços mentais. Mesmo que continue especulando por vários milhões de anos, se a pessoa não é devotada, se ela não ama a Verdade Suprema, jamais compreenderá Krishna, ou a Verdade Suprema. É só através do serviço devocional que a Verdade Suprema, Krishna, fica satisfeito, e por Sua energia inconcebível, Ele pode revelar-Se ao coração do devoto puro. O devoto puro sempre tem Krishna em seu coração; e com a presença de Krishna, que é como o Sol, a escuridão da ignorância se dissipa de imediato. Esta é a misericórdia especial que Krishna concede ao devoto puro.

Devido à contaminação decorrente da associação material, através de muitos e muitos milhões de nascimentos, o coração está sempre coberto pela poeira do materialismo, mas quando o devoto se ocupa em serviço devocional e canta constantemente Hare Krishna, a poeira logo desaparece, e ele eleva-se à plataforma de conhecimento puro. A meta última, Krishna, só pode ser alcançada por intermédio deste cantar e por meio do serviço devocional, e não através da especulação mental ou de argumentos. O devoto puro não deve se preocupar com as necessidades da vida material; ele não precisa ficar ansioso, porque, quando ele remove a escuridão do seu coração, tudo é provido automaticamente pelo Senhor Supremo, que fica satisfeito com o serviço devocional amoroso prestado por ele. Esta é a essência dos ensinamentos do Bhagavad-Gitã. Estudando o Bhagavad-Gitã, é possível ser uma alma inteiramente rendida ao Senhor Supremo e ocupar-se em serviço devocional puro. À medida que o Senhor Se encarrega do devoto, este se livra por completo de todas as espécies de empreendimentos materialistas.


publicado por Lalanesha Dasa às 19:07

Junho 06 2013

Todas as espécies de yogues — karma, jnãna, haṭha, etc. — acabarão tendo que alcançar a perfeição devocional em bhakti-yoga, ou consciência de Krishna, para poderem ir à morada transcendental de Krishna e jamais retornarem. Aqueles que alcançam os planetas materiais superiores, os planetas dos semideuses, voltam a sujeitar-se a repetidos nascimentos e mortes. Assim como as pessoas da Terra são elevadas a planetas superiores, as pessoas dos planetas superiores, caem rumo à Terra. A prática de sacrifício chamada Panchagni-Vidya (o conhecimento dos cinco fogos) ... é um tipo particular de conhecimento, ou de meditação, que é introduzida para saber o significado profundo do fenômeno comum de nascimento e morte, capacita-nos a alcançarmos Brahmaloka, (o planeta mais elevado deste Universo)... mas se, em Brahmaloka, não cultivarmos a consciência de Krishna, então teremos que voltar à Terra. Nos planetas superiores, aqueles que progridem na consciência de Krishna pouco a pouco elevam-se a planetas progressivamente superiores e, na época da devastação universal, são transferidos para o reino espiritual eterno.

“Quando ocorre a devastação deste universo material, o Senhor Brahmã, semideus de Brahmaloka e seus devotos, que estão constantemente ocupados em consciência de Krishna, são todos transferidos para o universo espiritual e para os planetas espirituais específicos de acordo com o desejo deles.”

Pelo cálculo humano, quando se soma um total de mil eras, obtém-se a duração de um dia de Brahmā. E esta é também a duração de sua noite.

A duração do universo material é limitada. Manifesta-se em ciclos de kalpas (Kalpa é uma palavra em Sânscrito (कल्प kalpa) que designa um longo periodo de tempo na Cosmologia Védica). Uma kalpa é um dia de Brahmā, e um dia de Brahmā consiste em mil ciclos de quatro yugas, ou eras: Satya, Tretã, Dvãpara e Kali. O ciclo de Satya caracteriza-se pela presença da virtude, sabedoria e religião, e praticamente não existe ignorância ou vício, e a yuga dura um milhão 728 mil anos. Na Tretã-yuga, o vício infiltra-se, e esta yuga dura um milhão 296 mil anos. Na Dvãpara-yuga continua havendo declínio da virtude e da religião, e o vício aumenta, e esta yuga dura 864 mil anos. E, por fim, em Kali-yuga (a yuga que agora estamos enfrentando nos últimos cinco mil anos), há uma abundância de desavença, ignorância, irreligião e vício, sendo que a verdadeira virtude praticamente não existe, e esta yuga dura 432 mil anos. Em Kali-yuga, o vício aumenta a tal ponto que, no ocaso da yuga, o próprio Senhor Supremo aparece como o avatãra Kalki, aniquila os demônios, salva Seus devotos e dá início a outra Satya-yuga. Então, o processo volta a se desenrolar. Transcorridas mil vezes, estas quatro yugas correspondem a um dia de Brahmã, e o mesmo número corresponde a uma noite pelo calculo humano. O Senhor Brahmã vive cem desses “anos” e então morre. Pelos cálculos terrestres, estes “cem anos” totalizam 311 trilhões e 40 bilhões de anos terrestres. Por estes cálculos, a vida do Senhor Brahmã parece fantástica e interminável, porém, do ponto de vista da eternidade, ela é tão efêmera como o clarão dum relâmpago. No Oceano Causal, há inúmeros Brahmãs, surgindo e desaparecendo como bolhas no Atlântico. Brahmã e a sua criação são todos parte do universo material, e por isso eles estão em fluxo constante.

No universo material, nem mesmo o Senhor Brahmã está livre do processo de nascimento, velhice, doença e morte. Entretanto, o Senhor Brahmã, ao administrar este universo, está directamente ocupado no serviço do Senhor Supremo — por isso, ele alcança de imediato a liberação. Aqueles cuja ocupação aqui na terra esta vinculada ao conhecimento Espiritual elevando-se a uma posição de status sacerdotais elevados, são promovidos ao planeta específico do Senhor Brahmã, Brahmaloka, que é o planeta mais elevado no universo material e que sobrevive a todos os planetas celestiais nas camadas superiores do sistema planetário, mas no devido tempo até o Senhor Brahmã e todos os habitantes de Brahmaloka se submetem à morte, pois esta é a lei da natureza material.

No início do dia que corresponde ao Senhor Brahmã, todos os seres vivos se manifestam a partir do estado imanifesto, e depois, quando cai a noite, voltam a fundir-se no imanifesto.

Repetidas vezes, quando chega o dia do Senhor Brahmã, todos os seres vivos passam a existir, e com a chegada de sua noite, eles são irremediavelmente aniquilados.

Isto ocorre devido a Kalpa mencionada acima.

Aqueles que, sendo menos inteligentes, tentam permanecer dentro deste mundo material, podem elevar-se a planetas superiores e depois devem descer outra vez a este planeta Terra. Durante o dia do Senhor Brahmã, eles podem desenvolver suas actividades em planetas superiores e inferiores deste mundo material, porém, ao chegar a noite do Senhor Brahmã, todos são aniquilados. De dia, eles recebem vários corpos que os capacitam a executar actividades materiais, e de noite deixam de ter corpos e são absorvidos no corpo de Deus (Vishnu). Depois, eles voltam a manifestar-se ao chegar o dia do Senhor Brahmã. Durante o dia, eles se tornam manifestos, e de noite tornam a ser aniquilados. Por fim, quando se acaba a vida do Senhor Brahmã, todos são aniquilados e permanecem imanifestos durante milhões e milhões de anos. E quando o Senhor Brahmã volta a nascer em outro milênio, eles manifestam-se de novo. Desse modo, eles são cativados pelo encanto do mundo material. Mas aquelas pessoas inteligentes que se tornam devotos e adotam a consciência de Krishna fazem uso completo da vida humana para prestar serviço devocional ao Senhor, cantando Hare Krishna Hare Krishna Krishna Krishna Hare Hare Hare Rama Hare Rama Rama Rama Hare Hare. Assim, eles se transferem, mesmo nesta vida, para o planeta espiritual de Krishna a Suprema Personalidade de Deus onde se tornam eternamente felizes, e não se submetem a esses repetidos nascimentos e mortes.

Entretanto, há uma outra natureza imanifesta, que é eterna e transcendental a esta matéria manifesta e imanifesta. Ela é suprema e jamais é aniquilada. Quando todo este mundo é aniquilado, aquela região permanece inalterada.

A energia espiritual e superior de Krishna é transcendental e eterna. Ela está além de todas as mudanças existentes na natureza material, que é manifestada e aniquilada durante os dias e as noites do Senhor Brahmã. Em qualidade, a energia superior de Krishna é inteiramente oposta à natureza material.

Como mesmo Krisna diz no Bhagavad-Gitã:

Aquilo que os vedantistas descrevem como imanifesto e infalível, aquilo que é conhecido como o destino supremo, aquele lugar do qual jamais se retorna após alcançá-lo — esta é Minha morada suprema.


publicado por Lalanesha Dasa às 22:40

Junho 05 2013

 

"Óvnis ou Vimanas?"

Vimana é um veículo voador, descrito na literatura Védica.  

Referências a veículos voadores são comuns nos textos Védicos, que, inclusive, descrevem seus usos na arte da guerra. Independentemente de serem capazes de voar na atmosfera terrestre, consta que as vimanas também viajam pelo espaço e sob a água. Descrições contidas nos Vedas falam de vimanas de várias formas e tamanhos:

No que diz respeito aos tópicos abordados na ciência védica, o tópico dos aeroplanos védicos, ou vimanas, é muito interessante. Algumas destas informações são tão incríveis que, para algumas pessoas, beira a ficção científica. Contudo, à medida que expomos e explicamos a questão, temos bastante espaço para reflectir.

Antes de qualquer abordagem sobre este tema, é necessário entender que a concepção védica do tempo universal é dividida em diferentes períodos. Por exemplo, um período chamado de um dia no planeta chamado Brahmaloka

equivale a 4.320.000.000 de nossos anos na Terra. A noite de Brahmaloka tem a mesma duração, e há 360 de tais dias e noites em um ano de Brahmaloka. Cada dia de Brahmaloka é dividido em mil ciclos de quatroyugas ou Eras, a saber, Satya-yuga, Treta-yuga, Dvapara-yuga e, por fim, Kali-yuga, esta ultima, é a yuga ou Era em que estamos vivendo atualmente.

Satya-yuga dura 1.728.000 anos, e é uma era de pureza, na qual todos os residentes vivem vidas muito longas e podem ser completamente desenvolvidos em entendimento espiritual e habilidades místicas e poderes notáveis. Algumas dessas habilidades, ou siddhis místicos, incluem mudar a própria forma, tornar-se muito grande ou microscopicamente pequeno, tornar-se muito pesado ou mesmo sem peso, pegar qualquer objecto que se deseje, tornar-se livre de todos os desejos ou mesmo voar pelo céu para onde quer que se deseje ir pela mera vontade. Nesse tempo, portanto, não existia a necessidade de máquinas para voo mecânico.

Conforme as yugas ou Eras avançam, a pureza das pessoas, bem como suas habilidades místicas, decrescem em 25% a cada era. A era de Treta-yuga dura 1.296.000 anos. Durante essa era, a mente da humanidade se torna mais densa, e a habilidade para entender os princípios espirituais superiores do caminho védico também é reduzida. Naturalmente, a habilidade para voar pelo céu através do próprio poder se perdeu. Depois de Treta-yuga, há Dvapara-yuga, que dura 864.000 anos, e, por fim, Kali-yuga, que dura 432.000 anos, dos quais 5.000 já passaram. Ao final de Kali-yuga, a era de Satya-yuga é reiniciada, e os yugas continuam em mais um ciclo. Mil de tais ciclos constituem um dia de Brahma. Agora que estamos em Kali-yuga, quase todo o entendimento espiritual desapareceu, e quaisquer habilidades místicas que permanecem são quase insignificantes.

Explica-se que somente com o início de Treta-yuga o desenvolvimento de vimanas aconteceu. Com efeito, descreve-se que o Senhor Brahma, o principal lider de Brahmaloka e engenheiro do universo, desenvolveu muitos vimanas para alguns dos outros igualmente lideres do Universo. Esses tinham várias formas naturais, que incorporavam o uso de asas, como de pavões, águias, cisnes etc. Outros vimanas foram desenvolvidos para os seres humanos mais sábios pelos grandes videntes da sabedoria védica.

Foto: Descrição no desembarque de uma vimana em Treta-yuga pelo Rei o Senhor Ramachandra junto com seus associados.

Com o curso do tempo, surgiram três tipos básicos de vimanas. Em Treta-yuga, os homens eram competentes no uso de mantras e hinos poderosos. Assim, os vimanas daquele yuga eram providos de energia por meio do conhecimento de mantras. Em Dvapara-yuga, os homens desenvolveram considerável conhecimento de tantra, ou rituais. Assim, os vimanas de Dvapara-yuga eram providos de energia pelo uso da sabedoria tântrica. Em Kali-yuga, tanto o conhecimento referente a mantraquanto referente a tantra são deficientes. Assim, os vimanas desta era são conhecidos como kritaka, artificiais ou mecânicos. Desta maneira, há três tipos principais de vimanas, aeroplanos védicos, de acordo com as características de cada yuga.

Desses três tipos, são listadas 25 variações dos mantrika vimanas, 56 variações dos tantrica vimanas, e 25 variedades dos kritakah vimanas, aqueles vistos hoje em Kali-yuga. Todavia, quanto ao formato e à construção, explica-se que não há nenhuma diferença entre esses vimanas, mas apenas em relação a como eram abastecidos e propelidos, que seria por mantrastantras ou motor mecânico.

Foto: Desenho de 1923 de um Tripura Vimana, um dos vinte e cinco tipos de vimanas de Kali-yuga.

O controverso texto conhecido como Vimanika Shastra, considerado como de autoria de Maharshi Bharadwaja, também descreve em detalhes a construção do que se chama o motor de vórtice e mercúrio. Isso é sem dúvida da mesma natureza do motor de íon védico, que é propelido mediante o uso do mercúrio. Esse motor foi construído por Shivkar Bapuji Talpade, baseado nas descrições do Rig Veda, o qual ele demonstrou em Bombaim, Índia, em 1895. Explico isso em mais detalhes no Capítulo Três de Provas da Existência Global da Cultura Védica. Informações adicionais sobre os motores de mercúrio usados nos vimanas podem ser encontradas em um texto védico muito antigo chamado Samarangana Sutradhara. Esse texto também devota 230 versos ao uso dessas máquinas em tempos de paz e tempos de guerra. Não apresentaremos toda a descrição do motor de vórtice e mercúrio, mas incluiremos um breve trecho da tradução de William Clendenon do Samarangana Sutradhara, de seu livro de 1990, Mercury, UFO Messenger of the Gods:

“Dentro da estrutura circular de ar, coloque o motor de mercúrio com sua caldeira elétrica/ultrassônica de mercúrio no centro inferior. Por meio do poder latente no mercúrio que coloca em movimento o redemoinho de condução, um homem sentado em seu interior pode viajar a uma grande distância no céu de maneira absolutamente maravilhosa. Quatro fortes estucadores de mercúrio têm que ser construídos no interior da estrutura. Uma vez que estes tenham sido aquecidos por fogo controlado a partir dos estucadores de ferro, o vimana desenvolve o poder de um raio através do mercúrio. Imediatamente, ele se torna como uma pérola no céu”.

Foto: Desenho de 1923 de um Sundara Vimana, um dos vinte e cinco tipos de vimanas de Kali-yuga.

Isso demonstra uma ideia absolutamente simplista do potencial dos motores de mercúrio. Esse é um tipo de mecanismo de propulsão que os vimanas de Kali-yuga podem usar. Outras variações também são descritas. Esses textos não apenas trazem orientações atinentes a como construir tais motores como também apresentam manuais de voo, rotas áreas, procedimentos para aterrissagem normal e forçada, instruções referentes às condições dos pilotos, roupas a serem usadas durante o voo, o alimento que deve ser levado e comido, peças sobressalentes necessárias, os metais que têm que compor a nave, detalhes sobre fornecimento de energia e assim por diante. Outros textos também apresentam instruções para evitar naves inimigas, como ver os ocupantes na nave inimiga e ouvir o que estão dizendo, como se tornar invisível e até mesmo quais tácticas usar em caso de colisão com aves. Alguns desses vimanas não apenas voam no céu, mas também podem manobrar em terra e debaixo d’água.

Há muitos antigos textos védicos que descrevem ou contêm referências a esses vimanas, incluindo oRamayana, o Mahabharata, o Rig Veda, o Yajur Veda, o Atharva Veda, o Yuktilkalpataru de Bhoja (século XII d.C.), o Mayamatam (atribuído ao arquiteto Maya), além de outros textos védicos clássicos, como Satapatha BrahmanaMarkandeya PuranaVishnu PuranaBhagavata PuranaHarivamsha,UttararamcharitaHarshacharita, o texto tamil Jivakachintamani e outros. A partir das várias descrições desses escritos, encontramos vimanas em muitos diferentes formatos, incluindo formatos similares a longos charutos, zepelins, discos voadores, triângulos e até mesmo com dois andares, torres de vigia e um domo no topo de uma nave circular. Alguns são silenciosos, alguns cospem fogo e fazem barulho, alguns têm um barulho zunidor e alguns desaparecem por completo.

Tais variadas descrições não são distintas dos relatos de óvnis vistos na atualidade. Com efeito, David Childress, em seu livro Vimana Aircraft of Ancient India & Atlantis, apresenta muitos relatos, tanto recentes como de até cem anos atrás, que descrevem testemunhos oculares de encontros com óvnis que não são diferentes em tamanho e formato daqueles descritos nos textos védicos antigos.

Foto: Suposto disco voador fotografado em Nova Jersey, E.U.A., em Julho de 1952.

Além disso, quando os pilotos são vistos próximo, quer fazendo reparos em suas naves, quer saindo da mesma para olhar ao redor, eles são humanóides, por vezes com aparência oriental, em vestes que são relativamente modernas em estilo. Em outros relatos, lemos descrições em que a nave tem seres de aparência alienígena como passageiros e os seres humanos estão pilotando a nave.

Isso significa que tais relatos são de antigos vimanas que existem ainda na actualidade? Estarão eles em alguma caverna subterrânea em algum lugar do planeta? Ou são máquinas construídas modernamente usando as descrições antigas dos textos védicos? Os óvnis vistos ao redor do mundo talvez não sejam de alguma galáxia distante, mas podem ser de uma sociedade humana secreta ou mesmo de alguma instalação militar.

Em todo caso, muitos dos mais antigos textos védicos descrevem viagens interplanetárias e os veículos capazes de fazer isso, o que fazem de maneiras não encontradas em nenhuma outra literatura, sobretudo em relação aos detalhes das descrições. Assim, certamente sabiam sobre máquinas voadoras, ou, então, como poderiam ter escrito sobre elas?

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" Essa ciência não é simplesmente teórica ou uma nova doutrina na qual passamos a acreditar. O propósito do verdadeiro conhecimento é justamente o de trazer a pessoa a uma existência superior ,,,na qual a consciência se torna transparente ,e podemos ver a verdade directamente . Por exemplo quando estamos dormindo, sonhamos depois despertamos e podemos experimentar um estado superior de consciência., lembramos o estado de sonho e vemos directamente a superioridade de nossa consciência normal.
Krishna no Bagavad-Gitã não falou apenas,,,Eu sou Deus ,entrega-se e serás salvo. Não é apenas esse tipo de doutrina de salvação ,senão que Krishna falou uma ciência de auto realização . O que Ele quer é que executemos esse processo de purificação da alma,de iluminação da consciência..Então,se tentamos investigar, o que existe alem de nossa jurisdição deste Universo, e ouvir o que Krishna está dizendo, não vamos sentir que estamos sendo atraídos por algum conceito oriental,mas podemos despertar uma consciência Universal, alem das designações materiais.


publicado por Lalanesha Dasa às 19:53

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