*Sejam*Bem-Vindos* A Morada Suprema do Amor a Deus *

Julho 27 2015

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Arjuna disse ao Senhor:

Se Você acha que sou capaz de contemplar Sua forma cósmica, ó meu Senhor, ó mestre de todo o poder místico, então, mostre-me por favor este ilimitado Eu universal.

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 Diz-se que, através dos sentidos materiais, ninguém pode ver, ouvir, compreender ou perceber o Senhor Supremo, Krishna. Mas se, desde o começo, o devoto se ocupa no serviço transcendental amoroso do Senhor, então, o Senhor pode revelar-Se para ele. Cada entidade viva é apenas uma centelha Espiritual, portanto, não lhe é possível ver nem compreender o Senhor Supremo. Arjuna, como devoto, não depende de sua força especulativa; em vez disso, ele admite suas limitações como entidade viva e reconhece a posição inestimável de Krishna. Arjuna podia compreender que para uma entidade viva não é possível entender o infinito ilimitado. Se o infinito Se revela, então, é possível compreender a natureza do infinito pela graça do infinito. Krishna é o yogueshvara Supremo, o Senhor de todo o poder inconcebível. Se Ele quiser, Ele pode Se revelar por Sua graça, embora seja ilimitado. Por isso, Arjuna suplica a graça inconcebível de Krishna. Ele não dá ordens a Krishna. Krishna não é obrigado a Se revelar a quem não se rende em plena consciência de Krishna e não se ocupa em serviço devocional. Logo, não é possível que pessoas que dependem da força de suas especulações mentais, vejam Krishna.

A Suprema Personalidade de Deus disse:

Meu querido Arjuna, veja então Minhas opulências, constituídas de centenas de milhares de variadas formas divinas e multicoloridas. 

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Arjuna queria ver a forma universal de Krishna, que, embora transcendental, só ocorre em relação à manifestação cósmica e está, portanto, sujeita ao tempo transitório desta natureza material. Assim como a natureza material é manifesta e imanifesta, do mesmo modo, esta forma universal de Krishna é manifesta e imanifesta. Diferentemente das outras formas de Krishna, ela não existe eternamente no céu Espiritual. Quanto ao devoto, ele não deseja ver a forma universal, porém, como Arjuna queria ver Krishna dessa maneira, Krishna revela esta forma. Não é possível que qualquer homem comum veja esta forma universal. Deve-se receber de Krishna o poder mediante o qual ela possa ser vista.

Ninguém pode ver o Universo inteiro enquanto fica parado no mesmo lugar. Nem mesmo o cientista mais adiantado pode ver o que está acontecendo em outras partes do Universo. Mas um devoto como Arjuna pode ver tudo o que existe em qualquer parte do Universo. Krishna lhe dá o poder de ver tudo o que ele queira ver — o passado, o presente e o futuro. Assim, pela misericórdia de Krishna, Arjuna é capaz de ver tudo. Porem O devoto sincero e puro não gosta de ver Krishna em nenhuma outra forma, exceto Sua forma de dois braços.

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publicado por Lalanesha Dasa às 20:56

Julho 20 2015

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 Quem está em consciência de Krishna decerto vê o Senhor Krishna em toda a parte, e vê tudo em Krishna. Talvez se tenha a impressão de que ele vê todas as diversas manifestações da natureza material, mas em todo e qualquer caso, por ser consciente de Krishna, ele sabe que tudo é uma manifestação da energia de Krishna. Nada pode existir sem Krishna, e Krishna é o Senhor de tudo. Este é o princípio básico da consciência de Krishna. A consciência de Krishna é o desenvolvimento do amor a Krishna — uma posição transcendental até mesmo à liberação material. Nesta etapa da consciência de Krishna, que ultrapassa a auto-realização, o devoto torna-se uno com Krishna no sentido de que Krishna torna-Se tudo para o devoto e o devoto torna-se pleno porque ama Krishna. Existe então um relacionamento íntimo entre o Senhor e o devoto. Nesta fase, a entidade viva nunca pode ser aniquilada, nem a Personalidade de Deus jamais fica fora do campo visual do devoto ou daquele que se refugiou em Krishna. 

“Concentrando-se a atenção na forma transcendental de Krishna, que é onipenetrante e está além do tempo e do espaço, a pessoa fica absorta em pensar em Krishna e então alcança o estado feliz no qual desenvolve associação transcendental com Ele.”

Quem é consciente de Krishna é um yogue perfeito; por meio de sua própria experiência pessoal, ele conhece a felicidade e a aflição de todos. O ser vivo sofre porque se esqueceu da relação existente entre ele e Deus. E ele passa a ser feliz quando conhece Krishna como o desfrutador supremo de todas as atividades do ser humano, o proprietário de todas as terras e planetas, e o amigo mais sincero de todas as entidades vivas. O yogue perfeito sabe que a entidade viva condicionada aos modos da natureza material sujeita-se às três classes de misérias materiais porque se esqueceu da relação que existe entre ela e Krishna. E porque é feliz, o devoto consciente de Krishna tenta distribuir em toda parte o conhecimento acerca de Krishna. Como o yogue perfeito tenta difundir a importância de tornar-se consciente de Krishna, ele é o melhor filantropo do mundo, e é o servo mais querido do Senhor. Em outras palavras, o devoto do Senhor sempre cuida do bem-estar de todas as entidades vivas, e dessa maneira ele de fato é o amigo de todos. Ele é o melhor yogue porque, ao desejar aperfeiçoamento na yoga, não pensa no benefício pessoal, mas busca ajudar os outros. Ele não inveja seus semelhantes, as entidades vivas. Este é o contraste entre um devoto puro do Senhor e um yogue interessado apenas em sua elevação pessoal. O yogue que se retirou para um lugar isolado a fim de meditar perfeitamente, talvez não seja tão completo como um devoto que está envidando todos os esforços para mostrar a cada homem a consciência de Krishna.

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publicado por Lalanesha Dasa às 22:20

Julho 11 2015

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"Quando nos identificamos com o corpo, aferramo-nos ao fruto das ações do corpo. Fazemos isso porque estamos presos a dualidades de apego e aversão e, assim, buscamos desfrutar o que gostamos e evitar o que não gostamos. Uma vez que, desse modo, reivindicamos a propriedade de nossas ações, somos responsabilizados também pelas reações a essas ações. Simples! Então, retornamos a este mundo vida após vida para receber, desfrutar e sofrer os resultados de nossas ações – e isso é karma.

Ocupados em tentar desfrutar deste mundo, imaginamo-nos o centro da realidade e tentamos possuir tudo o que desejamos na criação de Deus. Assim, caímos na ilusão de “eu e meu”, egotismo e possessividade. Ironicamente, uma forma negativa de “eu e meu” surge quando odiamos tudo o que frustra nossos desejos egoístas.

Essa ilusória psicologia da dualidade, egotismo e possessividade mantém-nos impotentes a divagar no mundo material sob as leis de karma. Mediante uma técnica simples, no entanto, podemos Espiritualizar instantaneamente nossas ações, ao transformar o cativeiro de karma em karma-yoga, um caminho para a liberação Espiritual. Da mesma forma, podemos transformar nossa vida intelectual, nossa busca por conhecimento, em (yoga do conhecimento), outro caminho para a liberdade Espiritual. Qual é essa técnica simples que Espiritualiza todos os aspectos de nossa vida, desde comida até filosofia, trabalho e amor? É o ato de oferecer tudo a Deus: aparentemente simples, mas poderoso na prática.

Se alguém se recusa a agir sob a direção do Senhor Supremo, ele é então compelido a agir pelos modos em que está situado. Todos estão sob o encanto de uma combinação específica de modos da natureza e estão seguindo esta linha de ação. Mas qualquer um que voluntariamente aceite ficar sob a direção do Senhor Supremo torna-se glorioso.

O Senhor Supremo está situado nos corações de todos, e está dirigindo as andanças de todas as entidades vivas, que estão sentadas num tipo de máquina feita de energia material.

O Senhor Krishna ensina que o indivíduo não é tudo o que existe. A Suprema Personalidade de Deus, ou Ele mesmo, Krishna, como Superalma localizada, está situado no coração, dirigindo o ser vivo. Após mudar de corpo, a entidade viva se esquece de seus atos passados, mas a Superalma, como aquele que conhece o passado, o presente e o futuro, permanece a testemunha de todas as suas atividades. Por isso, todas as atividades das entidades vivas são dirigidas por esta Superalma. A entidade viva recebe o que merece e aceita um corpo material, que, sob a direção da Superalma, é criado pela natureza material. Logo que é posta num determinado tipo de corpo, a entidade viva tem que agir sob o encanto desta situação corpórea. Quem está num carro que anda em alta velocidade corre mais do que quem está num carro que anda mais lento, embora as entidades vivas, os motoristas, possam ser da mesma natureza. De modo semelhante, por ordem da Alma Suprema, a natureza material constrói uma determinada espécie de corpo para um tipo específico de entidade viva para que ela possa trabalhar conforme seus desejos anteriores. A entidade viva não é independente. Ninguém deve se julgar independente da Suprema Personalidade de Deus. O indivíduo está sempre sob o controle do Senhor.

O ser vivo deve, portanto, render-se à Suprema Personalidade de Deus, que está situado nos corações de todos, e isto o aliviará de todas as espécies de misérias encontradas nesta existência material. Com essa rendição, ele não só será liberado de todas as misérias desta vida, mas acabará alcançando o Deus Supremo. O mundo transcendental é descrito na literatura védica da seguinte maneira:

 Como toda a criação é o reino de Deus, tudo o que é material é na verdade espiritual, mas paramaṁ padam refere-se especificamente à morada eterna, que é chamada céu Espiritual.

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publicado por Lalanesha Dasa às 21:42

Julho 04 2015

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 Krishna com Sua amabilidade Suprema entende o que Arjuna indaga sobre sua confusa questão de compreender os fatos relacionados ao seu dever como guerreiro nessa batalha onde por ordem do destino foi obrigado a se envolver, e Krishna da a ele a seguinte resposta nas inúmeras respostas que ao longo dessa batalha se propõe a orienta-lo dizendo:

Todos são irremediavelmente forçados a agir segundo as qualidades que adquirem dos modos da natureza material; portanto, ninguém pode deixar de fazer algo, nem mesmo por um momento. Só por nos abstermos da ação não significa que estamos livres da reação, nem somente pela prática da renúncia pode-se atingir a perfeição.

Não é devido à vida encarnada, mas devido à própria natureza que a alma está sempre activa. Sem a presença da alma espiritual, o corpo material não pode mover-se. O corpo é apenas um veículo morto, operado pela alma espiritual, que está sempre activa e não pode parar um momento sequer. E assim, a Alma Espiritual deve ocupar-se no bom trabalho da consciência de Krishna, caso contrário, ficará às voltas com ocupações ditadas pela energia ilusória. Ao entrar em contacto com a energia material, a alma espiritual assimila os modos materiais, e, para purificar a alma destas afinidades, é necessário ocupar-se nos deveres prescritos, estipulados nas Escrituras Sagradas dos Vedas. Mas se a alma ocupar-se em sua função natural, na consciência de Krshna, tudo o que venha a fazer será bom para ela.

Nas Escrituras Sagradas dos Vedas existe a seguinte afirmação: 

“ Se alguém adota a consciência de Krishna, mesmo que não siga os deveres prescritos descritos nas Escrituras Sagradas dos Vedas ou não execute o serviço devocional correctamente, e muito embora acabe caindo do padrão aceitável, não há perda ou dano para ele. Mas se ele executa todas as prescrições para purificação contidas nos Vedas, que lhe adiantará se ele não for consciente de Krishna?”

Logo, o processo purificatório é necessário para que se alcance a plataforma da consciência de Krishna. Portanto,  qualquer processo purificatório, serve como ajuda para a pessoa alcançar a meta última, tornando-a consciente de Krishna, caso contrário, o esforço será considerado um fracasso.

Existem muitos impostores que se recusam a trabalhar em consciência de Krishna, mas fazem um show de meditação, enquanto a mente de fato não se afasta da satisfação dos sentidos. Tais impostores também podem falar de filosofia árida para enganar seguidores sofisticados, mas, de acordo com o que Krishna exemplifica ao pedido de Arjuna em sua prece, estes são os maiores enganadores. Em prol do prazer de seus sentidos alguém pode agir nos vários níveis da ordem social, mas se ele segue as regras e regulações de sua posição específica, poderá aos poucos progredir na purificação de sua existência. Mas aquele que tenta passar por yogue, enquanto de fato busca os objectos de prazer dos sentidos, deve ser chamado o maior dos enganadores, embora às vezes fale de filosofia. Seu conhecimento não tem valor, porque os efeitos do conhecimento de tal homem pecaminoso são removidos pela energia ilusória do Senhor. A mente desse farsante é sempre impura, e portanto sua exibição de meditação ióguica não tem valor algum.

Para alcançar a auto-realização, uma pessoa pode levar uma vida controlada, como é prescrito nas Escrituras Sagradas dos Vedas, e continuar a executar sua ocupação sem apego, e dessa forma progredir. Uma pessoa sincera que segue este método está muito melhor situada do que o impostor farsante que faz uma exibição de espiritualismo só para enganar o público inocente. Um varredor de rua sincero é muito melhor do que o meditador charlatão que pratica sua meditação com o único propósito de ganhar a vida.

Sendo assim Krishna a Suprema Personalidade de Deus com Sua Suprema amabilidade da a Arjuna a seguinte instrução: 

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publicado por Lalanesha Dasa às 17:00

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